sábado, 26 de abril de 2008

Porque metade de mim é partida, Mas a outra metade é saudade



Ontem fiz minha despedida ... estava entre 2 bares ... um deles era beeeem bacaninha ... mas 15 reais pra sorrir não dava, né ...

Aí me sugeriram a Choperia Liberdade ... peeeense em um lugar bizarro, onde todo dia é Natal, Festa Junina ou qualquer outra festa enfeitada ...

Imaginem um lugar onde a poluição visual, sonora e olfativa reinam e os quadros luminosos, dos Beattles, e do macarrão convivem de maneira ... digamos harmoniosa, com os vasos de cravo de defunto e com o resto da decoração ... hahaha =) pelo menos ninguém fica sério por lá ... consegue arrancar um sorriso que seja até dos mais mal humorados.

Ao som de Bon Jovi, Chitãozinho & Xororó, Queen e outras breguices mais, tomamos muita cerveja, assistimos a performances memoráveis e outras nem tanto ... hehehe

Claro que no meio desse caos todo, pessoas muuuito especias =)

Eu poderia querer mais ???

sábado, 5 de abril de 2008

Pessoas Habitadas

Essa é a crônica da Martha Medeiros, da qual tirei o nome do meu Blog:

Pessoas Habitadas

"Estava conversando com uma amiga, dia desses. Ela comentava sobre uma terceira pessoa, que eu não conhecia. Descreveu-a como sendo boa gente, esforçada, ótimo caráter. "Só tem um probleminha: não é habitada". Rimos. É uma expressão coloquial na França - habité - mas nunca tinha escutado por estas paragens e com este sentido. Lembrei-me de uma outra amiga que, de forma parecida, também costuma dizer "aquela ali tem gente em casa" quando se refere a pessoas que fazem diferença.

Uma pessoa pode ser altamente confiável, gentil, carinhosa, simpática, mas se não é habitada, rapidinho coloca os outros pra dormir. Uma pessoa habitada é uma pessoa possuída, não necessariamento pelo demo, ainda que satanás esteja longe de ser má referência. Clarisse Lispector certa vez escreveu uma carta a Fernando Sabino dizendo que faltava demônio em Berna, onde morava na ocasião. A Suiça, de fato, é um país de contos de fada onde tudo funciona, onde todos são belos, onde a vida parece uma pintura, um rótulo de chocolate. Mas falta uma ebulição que a salve do marasmo. Retornando ao assunto: pessoas habitadas são aquelas pussuídas por si mesmas, em diversas versões. Os habitados estão preenchidos de indagações, angústias, incertezas, mas não são menos felizes por causa disso. Não transformam suas "indagações" em doença, mas em força e curiosidade. Não recuam diante de encruzilhadas, não se amedrontam com transgressões, não adotam as opiniões dos outros pra facilitar o diálogo. São pessoas que surpreendem com um gesto ou uma fala fora do script, sem nenhuma disposição para serem bonecos de ventríloques. Ao contrário, encantam pela verdade pessoal de defendem. Além disso, mantêm com a solidão uma relação mais do que cordial.

Então são as criaturas mais incríveis do universo ? Não necessariamente. Entre os habitados há de tudo, gente fenomenal e também assassinos, pervertidos e demais malucos que não merecem abrandamento de pena pelo fato de serem, em certos aspectos, bastante interessantes. Interessam, mas assustam. Interessam, mas causam dano. Eu não gostaria de repartir a mesa de um restaurante com Hannibal Lecter, "The Cannibal", ainda que eu não tenha dúvida de que o personagem imortalizado por Anthony Hopkins renderia um papo mais estimulante do que uma conversa com, sei lá, Britney Spears, que só tem gente em casa porque está grávida. Zzzzzzzzzzz.

Que tenhamos a sorte de esbarrar com seres habitados e ao mesmo tempo inofensivos, cuju único mal que possam fazer é nos fascinar e nos manter acordados um madrugada inteira. Ou a vida inteira, o que é melhor ainda."

Filmes sobre "Pessoas Habitadas" com as quais eu sentaria em um boteco pra uma breja:

- Alex, em "Laranja Mecânica", de Stanley Kubrick
- Ernesto Guevara, em "Diário de Motocicleta", de Walter Salles
- William Foster, em "Um Dia de Fúria", de Joel Schumacher
- Willy Wonka em "Fantástica Fábrica de Chocolate", de Mel Stuart ou de Tim Burton
- Amélie Poulain, em "O Fabuloso Destino de Amélie Poulain", de Jean-Pierre Jeunet
- Alan Conway, em "Totalmente Kubrick, de Brian W. Cook

etc, etc, etc ....

quinta-feira, 3 de abril de 2008

Momento Desapego ...

Dizem por aí que 2008 é o Ano 1 ... ano das mudanças ...

O ano começou como era de se esperar ... fogos, champagne (oi? ah tá ... espumante mesmo), musiquinha báásica "Adeus ano velho ... Feliz ano novo ...", abraços, votos de felicidade, sucesso ... e tudo mais ... mas não choveu, como sempre esperamos ...

Acho que é isso ... 2008 é realmente o ano das mudanças .... nem chuva teve, na hora da virada ... como em todos os anos anteriores !!!

E o meu ano também começou como era de se esperar ... no dia 2 ... trabalhando normalmente ... como se nada tivesse acontecido ...

Uma semana depois ... tudo mudou ... rápido, né ??? Eu achei que as mudanças aconteceriam ao looooongo do ano .... afinal temos 366 dias ....

Mas a gente sempre tem pressa .... e essas coisas de virar o calendário, trocar de agenda parecem mágicas, não ?

"Genteee, virou o ano ?? O que eu vou fazer esse ano ??? " Aí começam as resoluções .... vou parar de fumar, entrar na academia, fazer um regime decente, e vou viajar ...

Parei de fumar, entrei pro Muay Thai, comecei um regime com uma nutricionista .... tudo isso na primeira semana de Janeiro !!!

E a viagem ??? Pois é ...

Na terceira semana do ano entrei no período que chamo de "Momento Desapego" ... e depois de uma noite mal dormida, pedi demissão ...

Na quarta semana já tinha todo o plano pra esse ano de mudanças .... vou- me embora pra Passárgada, lá eu sou amiga do rei ... rss =)

Ai ai ai .... e cá estou passando por um momento de desapego .... passando não ... pensando bem, eu mesma me enfiei nessa, né ...

Primeiro foi me desapegar do emprego ... acho que mais que do emprego, me desapegar da idéia de trabalhar lá .... pensei que seria mais difícil .... hihihi =) até que não foi ...

Semana passada foi a vez das minhas coisas ... roupas, sapatos, livros, perfumes .... ai ai ai ... foi difícil ... ver o casaco que comprei e nunca usei indo pra caixa ... ver aquele sapato que taaaaanto quis indo pra caixa ... aaaai minhas bolsas ... meus perfumeeees ... meus vestidos ...

Mas achei que seria pior ... talvez ainda não tenha sentido tanto porque as minhas coisas ainda estão por perto ... dentro de caixas no meu quarto (hihihi) ... vamos ver como estarei no sábado à noite ... Mas acho que isso também vai ser moleza ...

O pior vai ser me desapegar das pessoas ... isso sim vai ser dureza ...

Minha mãe me falou hoje que se desapegar das pessoas é bom ... se quiser chegar a algum lugar ... que não devemos nos prender a ninguém ... e que isso torna nossa vida mais fácil ...

Mas depois ela completou ... "mas não é pra desapegar total e sumir no mundo" ...

Mamis é mamis ... rss =)

4 Filmes "Momento Desapego"

1- Na Natureza Selvagem, de Sean Penn
2- Thelma & Louise, de Ridley Scott
3- Exílios, de Tony Gatlif
4- Dolls, de Takeshi Kitano